A história da inflação das notas não é nova, já há muito tempo que este problema foi identificado, seja por estudantes ou até mesmo pelo Ministério.
Aliás, o próprio Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, através da Inspeção-Geral da Educação e Ciência (IGEC), tinha garantido que haveria auditorias feitas às escolas e com mais força este ano por causa da pandemia. Falou até no reforço dos inspetores para este efeito.
A notícia recentemente avançada pelo Público e pelo Observador, não nos fala dos resultados deste ano, mas sim de 2019. O acompanhamento às escolas identificadas como estando a inflacionar ou deflacionar propositadamente as notas dos seus alunos foi feito e agora há novidades.
Segundo o relatório do IGEC, 73% das escolas reduziram os desníveis, em algumas as diferenças reduziram-se para 3 vezes menos, como foi o caso do Colégio do Atlântico ou do Colégio Cidade Roda.
Também segundo este relatório, as diferenças a nível nacional também com tendência a descer. Em 2019, no ensino, em geral, a diferença das notas internas para os exames nacionais era 1,07 valores.
Apesar das escolas sinalizadas ainda apresentarem uma diferença acima da média nacional, a explicação indicada para esta discrepância trata-se das passagens de alunos do ensino Público para o ensino Privado.