O Ministério da Educação está a preparar alterações a nível dos primeiros anos de cada ciclo (1º, 5º, 7º e 10º anos), de modo a dar mais autonomia às escolas e de preparar um ensino mais abrangente e preocupado com as grandes questões da sociedade. Há então novidades para quem entrar no 10º ano já em setembro, mas não para todos. Esta é uma fase de testes, e, por isso, o governo quer escolas voluntárias para experimentar estas novas políticas.
O que é que muda afinal?
Os alunos das escolas que se quiserem submeter a estas novas medidas, quando entrarem no ensino secundário, vão poder ter uma disciplina de outra área de estudos. Ou seja: um aluno que siga humanidades pode, caso haja vaga, fazer a disciplina de ciências e tecnologias, ou de artes, ou de economia. A ideia é aumentar a "permeabilidade" do ensino e dar mais opções aos estudantes quando para seguir determinados cursos superiores é preciso um exame a uma disciplina que não conste no plano de estudos da área que escolheu no secundário.
Exemplo para ficares a perceber mesmo bem:
O Carlos seguiu Humanidades, porque quer ser jornalista. Mas gosta muito de computadores e informática. O Carlos, em Humanidades, pode ter Matemática A, que lhe aumenta o leque de escolhas quando chegar ao final do secundário, podendo ir para jornalismo, com Português ou História, que sempre teria, ou para uma engenharia de computadores, fazendo o exame de Matemática A.
Para os mais novos, as mudanças também são significativas. "No 2º e 3º ciclos, por exemplo, as escolas podem optar por fundir duas disciplinas como História ou Geografia sem alterar o atual número global de horas", explica o Jornal de Notícias, que acrescenta ainda "ou quebrarem a rotina e a meio do 1º período aprovarem uma semana que se será dedicada a um tema - por exemplo, referiu o secretário de Estado da educação, João Costa - Europa, Ambiente ou a Crise dos Refugiados."