“As propinas não servem para melhorar a qualidade de ensino mas são hoje um recurso para pagar salários e despesas correntes das instituições", pode ler-se na proposta apresentada pelo Bloco de Esquerda e que deu entrada na Assembleia da República na semana passada.
Mais concretamente, aquilo que os bloquistas pretendem é “um plano plurianual, a três anos, para o fim da existência de propinas nas instituições de ensino superior públicas" e preveem “transferências financeiras” para as instituições que “compensem a redução do seu financiamento”.
O deputado do PS Alexandre Quintanilha mostrou o interesse em seguir a linha de pensamento do Bloco. "Apesar de as propinas não serem a parte mais importante do financiamento das universidades, só representam perto de 30%, é óbvio que todos nós desejaríamos que essa componente no financiamento do ensino superior pudesse ser reduzida", reiterou.
Já o líder da Juventude Socialista revelou que a proposta é díficil de se enquadrar na realidade: "não é possível acabar com as propinas, no imediato, dentro dos constrangimentos do país", acrescentando que “o caminho para já é o congelamento [das propinas]", ou seja, que os valores que estão fixados por ano, de 1063 euros, não subam.