Hoje, dia 20 de outubro, assinalamos o Dia Mundial de Combate ao Bullying. A propósito, a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) lançou um documento com informação sobre esta (má) prática. O objetivo desta iniciativa é demonstrar que o bullying é “qualquer comportamento, exercido por um indivíduo ou grupo, com intenção do controlar, prejudicar ou magoar alguém, física ou psicologicamente”.
A OPP apresentou, em comunicado, dados referentes ao ano 2017 que colocavam Portugal em 15º lugar numa lista de países mais afetados por esta prática na Europa e na América do Norte – à frente dos Estados Unidos. De acordo com a mesma fonte, 30% a 40% dos jovens portugueses com idades compreendidas entre os 11 e os 15 anos afirma “ter sido intimidado na escola uma vez em menos de dois meses”.
Em Portugal, em 2021/22, os episódios de bullying em contexto escolar aumentaram 37% – tendo a Polícia de Segurança Pública (PSP) registado 2847 ocorrências criminais, 1169 das quais por agressões e 752 por injúrias e ameaças.
A PSP explica que existe um aumento do número total de ocorrências depois do período de atividades letivas não presenciais (devido à COVID-19). No entanto, registou-se “um decréscimo no número de ocorrências registadas em contexto escolas relativamente ao ano letivo de 2018/19, último antes da pandemia”. A entidade refere ainda que acredita “que a forte aposta concretizada nas ações de informação e sensibilização e contactos individuais, a qual se irá manter no presente ano letivo, contribuirá juntamente com outras condições para contrariar esta inversão da tendência de decréscimo que se verificava de forma consistente desde o ano letivo 2013/14”.
Dos 2847 crimes reportados à Polícia de Segurança Pública no âmbito do Programa Escola Segura no ano letivo 2021/22, a faixa etária com maior preponderância de vítimas, à semelhança do que verificamos acima, é dos 12 aos 15 anos e tratam-se, sobretudo, de rapazes.
Para assinalar este dia, está a decorrer 10 de outubro, a operação “Bullying é para os fracos” realizada pela PSP. A intenção é chegar até aos alunos do 1º ao 3º ciclo e ensino secundário, abrangendo crianças e jovens dos 6 aos 18 anos e o objetivo prende-se por “aumentar o conhecimento sobre este fenómeno, capacitando a deteção precoce”, “fazer crescer o sentimento de intolerância e rejeição para com as práticas de bullying” e “incrementar a confiança nas capacidades da PSP e dos demais parceiros neste contexto para intervir e lidar eficazmente com o problema”.
Se já passaste por uma situação desta ou estás a passar, não resolvas o problema sozinh@ e que não respondas à violência com mais violência. Denunciar a situação a alguém próximo, em casa ou na escola 💪