Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior encerra com mais de 50 mil estudantes colocados

Ana Isabel Almeida
Editora Inspiring Future
19 outubro 2022

Os dados da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), divulgados pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), revelam que “50.315 estudantes ingressaram em 2022/23 no ensino superior público, através do concurso nacional de acesso”. Deste número, 29.948 entraram para universidades e os restantes 20.367 para politécnicos.

 

De acordo com os dados da DGES, a colocação deste número de estudantes representa uma taxa de ocupação de 92,1%, uma vez que este ano foram fixadas 54.641 vagas para este concurso. Essa taxa nas universidades aumenta para 97,5% com 29.948 alun@s admitid@s entre as 30.721 vagas iniciais, e nos politécnicos a percentagem desce para 85,1%, com 20.367 colocad@s entre as 23.920 vagas.

 

Na 1ª fase, já tinham sido colocad@s 49.806 estudantes. Na 2ª, 9.478 – sendo que parte destes já tinham entrado anteriormente noutra opção que não a 1ª e, por isso, voltaram a tentar. Já a 3ª fase, resultou na colocação de 1.034 dos quais 418 em universidades e 616 em politécnicos.

 

Este ano, apenas a Universidade Nova de Lisboa chegou ao final do concurso sem vagas sobrantes. Registou uma ocupação de 100,4% com a admissão de 2.840 alunos – 2.818 matriculad@s após a 2ª fase e 22 nov@s colocad@s na 3ª fase – entre as 2.830 vagas iniciais.

 

Com uma ocupação igualmente elevada registando valores superior a 90% encontram-se as universidades:

  • Universidade de Lisboa (99,2%);
  • Universidade do Porto (99,1%);
  • Universidade do Algarve (97,6%);
  • Universidade de Aveiro (97,2%);
  • Universidade de Coimbra (97,1%);
  • Universidade do Minho (97,0%);
  • Universidade de Évora (96,0%);
  • Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (94,1%);
  • Universidade da Beira Interior (91,4%).

Os politécnicos:

  • Instituto Politécnico do Porto (97,4%);
  • Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (95,1%);
  • Instituto Politécnico de Lisboa (94,6%);
  • Instituto Politécnico de Coimbra (93,8%);
  • Instituto Politécnico de Leiria (91,5%).

Ainda:

  • ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa (99,4%);
  • Escola Superior de Enfermagem do Porto (99,6%);
  • Escola Superior de Hotelaria e Turismo do Estoril (98,6%);
  • Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (97,8%);
  • Escola Superior de Enfermagem de Lisboa (97,5%).

 

Pelo contrário, cinco ocuparam menos de 70% dos lugares disponíveis, como é o caso do:

  • Instituto Politécnico da Guarda (68,9%);
  • Instituto Politécnico de Beja (68,7%);
  • Escola Superior Náutica Infante D. Henrique (64,7%);
  • Instituto Politécnico de Tomar (62,3%);
  • Instituto Politécnico de Bragança (59,7%).

 

Registaram-se como as áreas mais concorridas e com todas as vagas preenchidas:

  • Serviços de transporte (103,4%);
  • Humanidades (100,8%);
  • Ciências veterinárias (99,7%);
  • Direito (99,3%);
  • Informação e jornalismo (99,1%).

Por outro lado, as áreas menos concorridas e com taxa de ocupação inferior a 60%:

  • Indústrias transformadoras (57,1%);
  • Agricultura, silvicultura e pescas (52,3%);
  • Cursos de serviços de segurança (47,6%).

 

A nota mais baixa a ingressar no ensino superior foi 96,0 (numa escola de 200) no curso de Turismo e Lazer lecionado no Instituto Politécnico da Guarda – Escola Superior de Turismo e Hotelaria. A mais alta, registou-se na Universidade do Porto – Faculdade de Letras no curso de Literatura (189,4).

 

Feitas contas, ficaram 2.284 vagas por preencher – as quais podem vir a ser usadas em concursos especiais ou transferências. Exemplos disso são os cursos de Engenharia Civil na Universidade de Coimbra (27) e Química na Universidade do Minho (13).

 

Tod@s @s estudantes colocad@s na 3ª fase de acesso, têm até quinta-feira (dia 20 de outubro) para realizar a matrícula e inscrição junto da Instituição de Ensino Superior.