As escolas secundárias consolidaram neste ano as melhorias conseguidas em 2014 nos exames nacionais, com 82,8% dos estabelecimentos a alcançar pelo menos a média de 9,5 valores. O primeiro lugar vai para o Colégio de Nossa Senhora do Rosário, que apenas é ultrapassado pelo Colégio dos Cedros se considerarmos as instituições com menos de 30 provas realizadas. As escolas públicas estão fora do top 10 pelo oitavo ano consecutivo.
A evolução das médias positivas, considerando as 18 disciplinas com mais alunos inscritos, é relevante principalmente por acontecer pelo segundo ano.
Em 2014, houve um enorme salto neste indicador, com 73% de escolas com desempenho positivo contra pouco mais de 30% no ano anterior. E poderia especular-se que tal se tinha ficado a dever simplesmente a um conjunto de exames nacionais mais acessíveis. Mas com o reforço da melhoria registado neste ano, superando a barreira dos 80% de resultados favoráveis, parece confirmar-se - isso sim - que 2013 foi um ano muito atípico em termos de avaliação externa.
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As diferenças entre 2013 e 2015 são abissais. Se então apenas 182 escolas tinham chegado aos 9,5 valores, com as médias a serem fortemente penalizadas por fracos desempenhos a Matemática, Física e Química e Biologia, desta vez apenas 106 escolas não conseguiram atingir essa patamar.
O ranking de 2015 confirma também o cada vez mais absoluto domínio das escolas privadas nos primeiros lugares da tabela, com a melhor pública - neste ano, a Secundária do Restelo, em Lisboa - a surgir apenas na 37.ª posição.
Públicas fora do top desde 2007
Há oito anos que nenhuma escola pública consegue figurar nas dez melhores do país. A última a fazê-lo foi a Infanta D. Maria, de Coimbra, que na altura ocupou o oitavo lugar. No top 20 também já não se registam presenças de escolas públicas desde 2011, ano em que a mesma escola foi 17.ª.
Tal não equivale a dizer que as escolas privadas têm sempre melhores resultados nas avaliações externas do que as públicas. Alargando o top às 100 melhores escolas, os estabelecimentos estatais já representam mais de 40% do total. E também há estabelecimentos do ensino particular e cooperativo na cauda da tabela. Nomeadamente no último lugar, que é ocupado pelo Colégio Liverpool do Porto, cujos alunos não foram além dos 6,41 valores de média de exame.
FONTE: PÚBLICO