Mais de 10 000 alunos inscreveram-se este ano nos CTeSP, um aumento de 21% relativamente ao ano passado.
Os Cursos Técnicos e Superiores Profissionais (CTeSP) têm aliciado cada vez mais os finalistas do ensino secundário, com destaque para os estudantes do ensino profissional.
São cursos de curta duração: até 2 anos, sendo que permitem a continuidade dos estudos no ensino superior. Se não sabes muito sobre este tipo de cursos, basta veres o nosso artigo "Sabe tudo o que precisas sobre CTeSP". O Secretário de Estado do Ensino Superior, Sobrinho Teixeira, congratulou-se pelos números mais recentes:
“O ensino profissional representa já quase 45% do secundário e o facto de estes estudantes quererem seguir para o superior revela o sucesso que estamos a ter no aumento das qualificações dos nossos jovens”
Os currículos do Ensino Profissional são direcionados para uma componente curricular mais prática.
Para terem acesso a licenciaturas ou mestrados integrados, estes alunos têm precisado de se sujeitar às mesmas avaliações dos estudantes da via científico-humanística.
Os CTeSP têm surgido como uma alternativa, promovendo o prosseguimento de estudos e a qualificação dos jovens. Aliás, o Governo anunciou este ano a implementação de uma nova via de acesso com provas específicas a definir pelas instituições.
Estes cursos são desenvolvidos em estreita colaboração com os empregadores, dando resposta àquelas que são as necessidades curriculares do mercado de trabalho.
São maioritariamente de ensino politécnico e a sua procura tem crescido desde que foram criados. É de se notar que no ano de arranque, em 2014/2015, havia apenas 395 alunos inscritos. No ano seguinte eram já 7105.
As áreas de especialização mais atrativas têm sido os Sistemas Digitais, Informática, Engenharia e Serviços (5182 novos alunos) e a Gestão e Administração (2363 alunos), sendo seguidos pelo Comércio (733), Audiovisuais e Media (692), e Turismo e Lazer (490).
Todas estas formações permitem aos seus estudantes alcançar o quinto nível do Quadro de Qualificações da DGES (Direção-Geral do Ensino Superior), com habilitações de nível pós-secundário.
Com estes números, Sobrinho Teixeira diz com confiança que o Governo conseguirá, até ao final da década, ter 6 em cada 10 portugueses com 20 anos com formação superior.
“Estes cursos de curta duração estão a revelar-se um dos mecanismos que permitirão aumentar a qualificação da população portuguesa”