Na nossa vida está instituída a obrigatoriedade da escola para todos e quem não passa por ela, por alguma razão acaba por dar de caras com escola da vida. De uma forma ou outra, aprendemos. Muitos dos temas e matérias abordados nos estabelecimentos de ensino acabam por pecar em lado prático, que a escola da vida - também todos passamos por ela, na verdade, se encarrega de nos ensinar.
O ideal, segundo as pretensões e reivindicações dos alunos, é que ambas se cruzem e se possa juntar o lado prático ao teórico, passando por reflexões e debates - algo que também contribui para a formação de soft-skills, que se juntaram às hard-skills, dadas em contexto de sala de aula.
Ao encontro desta filosofia foram alguns jovens ouvidos no seminário desta terça-feira sobre o estado do Ensino Secundário, que decorreu na Reitoria da Universidade Nova de Lisboa. "Poderiam ser diminuídas algumas disciplinas e substituídas por clubes e debates, atividades mais construtivas, que não fossem só teoria e aula, [algo] repetitivo. Para mim um professor [ideal] puxa por nós, que nos pica quase. Nós esforçamo-nos para lhe provar alguma coisa. Se calhar não é o melhor método, mas funciona...", refere a jovem Maria, citada pela TSF.
"O professor ideal é o que consegue lidar com um bom aluno acima de tudo e que consegue trazer de todos nós o que há de melhor", acrescentou Tomás, também destacado pela notícia da rádio do grupo Global Media, e que pode ser lida na íntegra aqui.
O ministro da Educação,T iago Brandão Rodrigues, esteve presente e sublinhou a relevância das necessidades dos alunos serem tidas em conta: "É importante que a OCDE identifique também que os estudantes têm de ser ouvidos e que muitas das práticas usadas em Portugal têm de ser replicadas noutros países da OCDE."