Nos últimos dias têm existido muitas mudanças no sistema de ensino português, mas será que ainda vão existir mais?
No passado dia 13 de fevereiro foi levada a discussão no parlamento uma petição da FENPROF sobre a escolha entre os atuais diretores e as antigas direções coletivas das escolas.
E o que é que isto significa?
Em 2008, a ministra da Educação decidiu implementar o sistema que funciona até aos dias de hoje nas escolas, um diretor, num modelo unipessoal de liderança. E atribuindo novas competências às autarquias em matéria de educação, que passaram pela conservação, manutenção e construção de edifícios escolares de nível básico.
Assim, este modelo pretendia abrir as escolas à participação das suas comunidades locais.
Mas não é isso que a petição da FENPROF agora defende.
Estes defendem uma direção coletiva, onde professores, alunos e a comunidade educativa possam ter uma participação mais ativa.
Os apoiantes da petição defendem que “Não podemos gerir uma escola como se se tratasse de uma empresa, com hierarquias, submissão e lógicas de poder, e achar que é nesse sentido que estamos a preparar cidadãos para viver em democracia”.
Assim, as escolas passariam a poder decidir se preferiam manter o modelo atual ou se a escolha seria a criação de um conselho pedagógico.
E o que seria o conselho pedagógico?
O conselho pedagógico iria representar todas as forças das escolas, desde professores contratados a professores de educação especial, pais, alunos e funcionários.
“O conselho pedagógico tem que ser de novo a força da escola e não apenas o órgão consultivo do diretor”
Este seria segundo a palavra dos seus apoiantes, um modelo mais democrático e menos influenciado pela pelo poder político.