3 estratégias para te lembrares de tudo aquilo que aprendes

Editor Inspiring Future
13 fevereiro 2023

São várias as investigações educativas que demonstram que os alunos com piores notas têm um claro défice em perceber as estratégicas cognitivas que permitem que as pessoas aprendam as coisas. Assim sendo, parte de a razão para os alunos não terem boas notas reside no simples facto de que nem sequer sabem como é que o processo de aprendizagem se desenvolve. Dois investigadores norte-americanos sublinham que a forma como ensinamos e estudamos as coisas é "uma mistura de teoria, senso comum e intuição."

Pois bem, como é que pegamos nesta informação e a usamos em nosso benefício? Fazendo o cérebro chegar àquilo que já sabemos que é preciso mas que não está enraizado ou treinado. A parte menos divertida da aprendizagem efetiva é que é difícil chegar lá. Mas também era difícil chegar à Índia sem GPS e conseguimos na mesma. Quando aprender é difícil, significa que estás a dar o máximo, dar tudo mesmo, para adquirir esses conhecimentos - estás a puxar-te até ao limite.

1. Obriga o teu cérebro a lembrar-se das coisas

Vai testando os teus conhecimentos várias vezes tentando perceber se te vais lembrando das coisas. Depende sempre de que matéria estudas - e não falamos em decorar as coisas. Compreende a matéria e coloca perguntas a ti próprio depois de cada assunto estudado - ou pede a algum amigo ou familiar para o fazer! Não é por acaso que esta ténica funciona na primária. Aquilo que tiveres mais dúvidas em lembrar-te já sabes que deves estudar melhor.

 

2. Relaciona os novos conhecimentos com os antigos

E interliga os conhecimentos teóricos com os práticos. Se estás a aprender sobre uma cena muito específica, procura encontrá-la na realidade, de modo a entender o seu sentido prático e evitar a abstração. "Quanto mais conseguires explicar matéria de novos conhecimentos que se relaciona com antigos, mais forte será o conhecimento dos novos assuntos, e mais ligações vais criar entre conhecimentos que te vão ajudar a lembrar das coisas depois."

Um exemplo prático e no mínimo parvo, imagina que acabaste de aprender que os quadrados dos catetos são iguais ao quadrado da hipotenusa, o que é que isto significa na vida real? Que quando tens uma rua que faz um L, compensa mais atravessares o jardim (isto se não quiseres saber das plantinhas que vais pisar). Imagina que acabaste de aprender que algumas espécies de tartarugas são carnívoras, já vais saber que se trouxeres uma estrela do mar da praia e a puseres no aquário com a tua tartaruga, a coisa pode correr mal.

 

3. Sentido crítico e propósito

A maior estratégia para te lembrares das coisas que aprendes é a que faz disso uma consequência. Podes não querer estudar um certo tópico, mas sabes que é preciso para ultrapassares a cadeira, passares de ano ou ficares licenciado, sabes também que tens de ter um mindset forte e não ceder à satisfação instantânea e temporária de não estudar aquilo naquele momento, procrastinar nunca ajuda ninguém nestas circunstâncias.

Fazer as coisas porque representam um bem maior - por muito que não te apeteça ou não gostes - e entender que aquele obstáculo tem de ser vencido são excelentes motivadores. Para além disso, pensa que faz parte também da responsabilidade e do crescimento. Ao longo da tua vida vais sempre ter de fazer coisas que não gostas muito, para atingires as tuas metas/objetivos. A grande diferença está entre os que não querem verdadeiramente, e arranjam desculpas, e os que querem e arranjam maneiras.