A decisão de escolher um curso superior é tudo menos simples e fácil, sobretudo na idade em que todas as descobertas - do que é a vida e do que é viver - se fazem sentir com maior intensidade. Pois bem, comigo foi assim, apaixonada por rádio e dança clássica, escolhi Marketing. Não sei se foi a escolha mais lógica, coerente e sensata, mas foi a que o coração e ½ razão me disseram que tomasse.
Decidi candidatar-me ao IADE, precisei de apoio financeiro familiar para o fazer. Depressa percebi que ganharia vantagem competitiva face aos meus colegas se começasse a fazer algo na esfera profissional, mesmo que fora do enquadramento que pretendia. O que eu queria mesmo ganhar era experiência profissional para quando fosse a entrevistas de emprego, poder falar de aprendizagens concretas e de etapas reais dentro de empresas. Por isso, os meus dois últimos anos de estudo, foram divididos em entre faculdade e trabalho.
Assim foi: consegui, através de uma empresa de trabalho temporário, uma colocação numa companhia de seguros conhecida da época (em 1997), tendo trabalhado na área comercial, em regime de inbound, mas também de assistência pós-venda e serviço de sinistros. Passados 8 meses surgia outra oportunidade, desta feita para a Banca, área na qual nunca me imaginei a querer ter um percurso profissional. De lá para cá, passaram-se 18 anos, e todos eles ligados à Banca. O meu percurso foi dinâmico, mais do que ambicionar ser diretora ou coordenadora de alguma área, sempre quis testar-me, fazer coisas diferentes, e com isso ir conhecendo o que sou capaz de fazer e o que me faz feliz.
O meu percurso profissional teve momentos nos quais corri riscos, gozei de instantes mais bem-aventurados, tarefas melhor desempenhadas, pedras difíceis de lapidar, descobertas sobre mim e sobre as minhas limitações nem sempre fáceis de assimilar, testou a minha capacidade criativa em muitos momentos e, todos os anos, eu fui percebendo que nem sempre somos nós que escolhemos um caminho mas, por vezes, é o caminho que nos escolhe a nós.
Fui estando sempre disponível para a empresa que há mais anos está ligada a mim profissionalmente, o Banco Popular. Já fui assistente administrativa, gestora de clientes particulares em agencia de retalho, marketeer, gestora de segmentos, gestora de qualidade, gestora Private há alguns anos e hoje, novamente, no Popular Banca Privada.
Entendi cedo que tenho características que, por vezes, são difíceis de encontrar em muitos colaboradores em qualquer empresa: - não tenho medo do que não sei e não conheço, a mudança não me assusta, agrada-me; - sou feliz a fazer várias coisas ao mesmo tempo; - um dos meus desafios diários é influenciar quem me rodeia, tornando melhor, o que pode até ser já bom. Gosto, sobretudo, de pessoas. Gosto de comunicar, de sentir que deixo a minha marca em tudo o que faço. Gosto de “fazer” com alegria, com paixão e vontade, seja lá o que for que esteja a fazer. A minha empresa percebeu isso, e vai extraindo o melhor de mim em cada momento e ocasião.
Chamo-me Sandra. Tenho 39 anos, 3 filhos, já plantei uma árvore e tenho 1001 sonhos por concretizar. Quanto a vocês, não tenham pressa, a única decisão que devem tomar cedo na vida é viver e não apenas existir. “Your attitude, not your aptitude, will determine your altitude”.