A escolha de um curso superior não é tarefa fácil, ainda para mais quando temos em consideração todos aqueles que atribuem à escolha do curso o peso de ser uma decisão para a vida. Sendo assim, é bom tomar uma decisão acertada, que tenha em conta uma perspetiva de futuro e uma boa remuneração, ou seja, “ir para o que está a dar”, já que a escolha que fazemos no final do secundário vai servir de rótulo acerca de quem nós somos e do que fazemos - estás a ver o Raúl que tirou Engenharia Industrial, mas no entanto a cena do Raúl é mais Marketing?
Atualmente, a tecnologia e a globalização vieram alterar por completo os paradigmas que existem dentro das organizações. Tornaram tudo mais rápido e eficiente, sem precisar de esperar. Esta alteração levou ao aperfeiçoamento do conceito de diversidade cognitiva- ter pessoas diferentes a pensar de maneira diferente- que tem ganho cada vez mais relevância com a integração das novas gerações no mercado de trabalho e com a interação que existe entre as diferentes gerações nas organizações.
Cada vez mais, o facto de todas as pessoas de uma equipa serem diferentes, terem ideias diferentes, debaterem-nas de forma positiva e assim conseguirem arranjar soluções mais rentáveis se tem tornado um fator importante.
O curso universitário, por outro lado, vem complementar todos estes aspetos e dar-nos uma melhor preparação para enfrentarmos estes conceitos na prática. Ele dá-nos ferramentas base de maneira a podermos atuar e de modo a conseguirmos ter outro ponto de vista em relação aos desafios que iremos ter em mãos, mas que necessitam de ser renovadas ou complementadas de acordo com o nível de exigência de cada desafio. Pegando na formação de um engenheiro: a aptidão para resolver problemas está de certa forma incutida e fá-lo estar preparado para qualquer ocasião mas se, no entanto, o desafio for gerir uma equipa para atingir um determinado objetivo, possivelmente há um conjunto de competências que necessitam de ser polidas.
Portanto, não basta confiar nas competências que são adquiridas durante os primeiros anos da faculdade! Confiar nelas como se fossem competências duradoras, significa não estarmos preparados para acompanhar a evolução do mundo, em todos os aspetos.
Para isso, um estudante, seja de que ano for, deve procurar várias atividades e conceitos com os quais se identifique. Deve sobretudo tornar-se proativo relativamente às escolhas que quer fazer e às experiências que quer ter, nunca deixando descorar a curiosidade acerca dos mais diversos temas e principalmente o valor da experiência.
Ter autonomia de saber quais as ferramentas que é necessário aprender ao longo do tempo para corresponder às expectativas exigidas, é uma mais-valia! E permite traçar cada vez mais ao pormenor o nosso longo caminho profissional.