O dia 8 de março é marcado pela efeméride do Dia Internacional da Mulher, que, como a própria designação indica, é celebrado em todo o mundo. Desde 1975 que assim o é mas as origens deste dia remontam às décadas dos anos dez e vinte. Não querendo massar-te com o passado (podes saber mais aqui) o que nos interessa mesmo é a discussão que hoje ocupa a agenda mediática. Mais do que nunca, o 8 de março está a querer enfatizar a igualdade de direitos e deixar para trás as tipicas flores e chocolates. Não que isso não seja um presente válido, mas porque este dia, e todos os outros dias, devem ser mais do que isso.
O que está em causa afinal?
Na agenda mediática aquilo que mais salta à vista é a desigualdade salarial que existe. Isto é, em funções semelhantes, os homens tendem a ganhar mais do que as mulheres. O Expresso este dia 8 de março noticia que as "mulheres portuguesas trabalham em média 79 dias por ano sem serem remuneradas." Ou seja, "as mulheres ganham hoje em média menos 278 euros por mês que os homens. É essa a diferença entre os 1.271 euros de ganho médio mensal dos homens e os menos de mil euros (€993) nas mulheres"
Na Islândia, foi proibida essa diferença salaria: "A lei foi anunciada no Dia Internacional da Mulher, a 8 de março de 2017, tem efeitos desde 1 de janeiro de 2018 e pressupõe que as empresas e agências governamentais com mais de 25 funcionários tenham de obter a certificação do governo pelas suas políticas de igualdade de remuneração. As entidades que não cumprirem enfrentarão multas", conta o Jornal de Notícias.
Ainda no mercado de trabalho, também o tema do assédio sexual, que tem estado muito presente nos media recentemente, faz parte da discussão. Com movimentos internacionais como o #MeToo, procura-se que as mulheres não tenham receio em denunciar casos de assédio sexual e, sobretudo, que percebam que muitas vezes estão de facto a ser vítimas de assédio. O Expresso coloca um número no tema: "Segundo o Inquérito às condições de Trabalho em Portugal Continental, de setembro de 2016, nos últimos doze meses que antecederam a pesquisa, das mulheres trabalhadoras, 6,1% disseram ter sofrido algum tipo de assédio."
Além destes temas, que devem ser discutidos, existirá sempre o lado mais comercial deste tipo de datas, tal como acontece no dia dos namorados, dia do pai, entre outros. Algumas marcas aproveitam e fazem campanhas ativistas, que acabam por alertar para a temática. Uma desses marcas é a Phone House, que fez um vox pop, onde questionou várias mulheres lisboetas sobre "O que é uma super mulher?"
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