O Verão aproxima-se, mas antes, precisas de enfrentar a época de exames nacionais. Estamos aqui para te dar algumas dicas de como ter um bom aproveitamento nos exames e para que garantas o teu ingresso no ensino superior.
O tempo passa, mas a grande dúvida persiste:Afinal, como é que se estuda para o exame de História A ou B?
Aqui tens as dicas!
1. Põe-te a par do programa
História é uma disciplina de continuidade, o que quer dizer que se estabelece uma relação entre um elemento do programa e o seguinte. É importante reconhecer a ordem dos acontecimentos e criar linhas do tempo, através das quais mais facilmente se reconhece o contexto histórico, conectam-se os factos e memorizam-se detalhes.
Sem dúvida que o primeiro passo é consultar o programa previamente disponibilizado pelo IAVE; é sabido que os módulos a estudar do 10.º e 11.º anos vão alternando consoante o ano em que se realiza o exame e a única constante são os três módulos do 12.º ano, no caso do Exame de História A.
Para tua sorte, o Inspiring Future já publicou um artigo onde te remete para esta seleção e, também te informa sobre a distinção entre questões ‘obrigatórias’ e ‘opcionais’ que foram introduzidas devido à COVID-19. O artigo sobre "O que costuma sair no Exame de História A?" e o artigo sobre "O que costuma sair no Exame de História B?" podem dar-te uma ajuda sobre qual matéria priorizar no estudo, seja qual for o exame que vais fazer!
2. Faz uma lista dos conteúdos de aprofundamento
Quando já estiveres a par do programa, o segundo passo será fazer um levantamento dos conteúdos de aprofundamento para o exame.
Como é que isto se faz? É fácil – todos os manuais de História A ou B contam com páginas de introdução aos módulos e às respetivas unidades e, aí, encontrarás os conteúdos de aprofundamento e as aprendizagens estruturantes devidamente assinalados.
O Ministério da Educação destacou estas matérias em específico, não só para aliviar a carga programática que incide sobre os alunos, como para garantir que estes conseguem levar a cabo um estudo mais produtivo, que permita desenvolver as suas competências, nomeadamente, a sua capacidade analítica e o seu espírito crítico. Desta forma, apenas os conteúdos destacados é que podem ser objeto de avaliação em sede de exame nacional.
Contudo, apesar de ser essa a matéria que melhor deves dominar, não deves descurar outros temas que continuam a ser essenciais para um cuidadoso domínio da disciplina — por exemplo, no âmbito do programa do 12.º ano de História A, “a regressão do demoliberalismo”, “a arte do mundo totalitário (nazismo, fascismo, estalinismo)” e “o fim do mundo soviético”.
Quando as ideias estão claras e a linha do tempo é percetível, chega a altura de aprofundar os conteúdos, focando-se em pormenores mais concretos de cada acontecimento e os motivos imediatos que levaram a cada um deles. O conhecimento do contexto económico, político e social da época que se estuda é uma ótima ferramenta para aprofundar os eventos e pormenores mais concretos em cada elemento programático. Responder a questões como “Quando?” “Como?” “Porquê?” e “Quais os efeitos?” ajuda muito a organizar os pensamentos.
3. Os exames dos anos passados são os teus novos melhores amigos!
Deves fazer um plano de estudo que te permita organizar os teus dias, de modo a conseguires ter tempo para fazer revisões e muitos, muitos, muitos exercícios de exames de anos anteriores!
Esta é, sem dúvida, a dica de ouro, uma vez que as questões-tipo dos exames de História A são sempre as mesmas e, por isso, é fundamental que tenhas tempo para despender a realizar exames antigos.
Esses exercícios são a melhor forma de garantires que sabes fazer uma interpretação rigorosa dos enunciados – quando já os tiveres realizado, basta verificares os critérios de resposta e saberás imediatamente se estás a responder eficientemente ao que te é perguntado.
Lembra-te de cronometrares os 150 minutos de duração de cada exame, para que faças uma gestão útil do tempo disponível; o importante é conseguires responder a tudo e ainda rever o enunciado e as tuas respostas (nunca desvalorizes a importância desta revisão – principalmente para as perguntas de resposta-curta ou direta).
Como cereja no topo do bolo, quando o grande dia chegar, vais sentir-te muito mais confortável ao te aperceberes da naturalidade com que rediges as respostas.
4. Prepara as tuas respostas aos exercícios-tipo
É importante lembrar que os exames de História seguem sempre o mesmo modelo e baseiam-se na análise e integração de documentos, sejam imagens ou textos (é aí onde vais buscar mais pontos). Por isto, é fundamental que prepares as tuas respostas aos exercícios-tipo dos exames.
Para começar, deves ter sempre uma folha de rascunho contigo, para te habituares a levantar todos os tópicos a abordar nas tuas respostas e os respetivos documentos que correspondem a cada um desses pontos (verás a utilidade desta dica nas questões de resposta longa e na pergunta de desenvolvimento). Tendo em conta o teor de História A ou B, a melhor forma de responder a uma questão é mesmo dividi-la em tópicos fundamentais. Estes, servem, não só para que não nos percamos no raciocínio, mas também para ir ao encontro dos critérios de avaliação dos exames. Quando a formulação de tópicos estiver dominada avançamos para a escrita mais extensa, tendo atenção à formação de frases e, fundamentalmente, à organização lógica da resposta: Contexto, Acontecimento, Consequência. Ou, por outras palavras, Introdução, desenvolvimento e conclusão.
Também é recomendado que elabores uma cronologia dos factos – com isto, estás a assegurar os pontos da pergunta de ordenação, pois vais ter facilidade em distinguir os acontecimentos consoante os períodos em que se inserem. Organizar toda esta informação é, sem dúvida, exigente por isso tenta utilizar os métodos com os quais estás mais confortável. Esquemas, mapas mentais, imagens, Flash cards. Às vezes escrever a extensão da matéria não é a melhor forma de obter os conhecimentos e todos temos o nosso próprio método de estudo.
Presta especial atenção às perguntas de associação, pois pode ser que peçam para incluir todas as alíneas e não apenas uma (como é habitual) – no ano passado, foi isso que aconteceu e não foram poucos os alunos que perderam valentes pontos por não se terem apercebido dessa especificidade do enunciado.
Nas perguntas de escolha múltipla, lê muito bem todas as alíneas e tenta circular as palavra-chave – isto é, as palavras que consideres essenciais para distinguir cada alínea – isto ajudar-te-á com a exclusão de partes, até chegares à resposta final.
Por último, quanto à pergunta de transcrição, remeto-te outra vez para a terceira dica – practice makes perfect.
5. Algumas dicas complementares
Algo que pode ajudar a estimular uma mente saturada de todo este estudo cansativo é ver filmes, documentários ou, ainda, vídeos-aula na RTP Play e no YouTube (a Débora Aladim poderá ser uma boa recomendação).
Como, muitas vezes, estes recursos aprofundam em demasia as matérias, deves selecionar temas em específico, em especial os que consideres mais complexos e difíceis de assimilar, mas que já tenhas estudado, para conseguires distinguir as partes mais relevantes.
Embora sejam um investimento, os livros de preparação de exames também podem ser úteis. Não precisas de ter o mais recente, pois o programa é essencialmente o mesmo e o que muda são os exames lá impressos.