Ensino Superior, Empregabilidade e Carreira Profissional

Um dos desafios mais importantes do ensino superior, hoje, a par da investigação, internacionalização e transferência de saber, consiste em estreitar a ligação à sociedade e assegurar uma articulação entre formação, produção de conhecimento, empregabilidade e contributo à produção de novos empregos.

Com efeito, há uma conexão indissociável entre produção de conhecimento e empregabilidade, na medida em que o mundo do trabalho, pelas próprias lógicas do mercado, se encontra constantemente em progressão, especialização, diversificação e inovação. Por isso, cabe ao ensino superior universitário e politécnico uma formação diversificada e flexível consentânea com novos empregos e, mais especificamente, a ligação às áreas de empregabilidade da transformação digital, inteligência artificial e inovação.

 

Nas últimas décadas, tem vindo a ser enfatizada a importância de um ensino centrado no estudante e nos processos de aprendizagem ativa, numa perspetiva de aplicação de metodologias de ensino inovadoras e de adaptação das práticas pedagógicas às mudanças e exigências do mundo atual. O ensino superior assumiu o objetivo claro de desenvolver metodologias que estimulam capacidades e competências transversais, técnicas e não técnicas, a familiaridade com processos criativos, o trabalho em equipa e a vontade em inovar. Sendo que o desenvolvimento destas competências e capacidades formam diplomados melhor habilitados para o mundo do trabalho e para novos sectores e novas profissões.

 

As instituições de ensino superior, na atualidade, procuram dotar-se de meios que possibilitem a melhor ligação entre a academia, o mercado e a sociedade. Para o efeito, apostam em cursos que tendem a ser de banda larga, ao nível da licenciatura, e de especialização, ao nível do mestrado, podendo dar oportunidade a uma investigação aprofundada em sede de doutoramento. A par deste trajeto académico, estrategicamente definido através de diferentes cursos, que se inserem em diversas áreas científicas, as instituições de ensino superior regem-se pelos princípios da Declaração de Bolonha, permitindo considerar o espaço europeu como propício a experiências de estudo e de estágio que melhorem o currículo dos jovens aquando da procura de emprego, seja a nível nacional, europeu ou internacional.

 

As instituições de ensino superior também disponibilizam um serviço dedicado a promover e apoiar a realização de estágios curriculares, extracurriculares e profissionais e o processo de inserção na vida ativa. Esse serviço apoia os estudantes no que respeita às saídas profissionais, através de ações que contribuam para a integração na vida ativa, nomeadamente por meio da divulgação da oferta de empregos, organizando e/ou divulgando eventos e workshops temáticos de apoio, preparação e integração no mercado de trabalho, eventos e feiras de empregabilidade. Como o processo de aprendizagem é um processo contínuo extensível a todos os períodos da vida, a oferta formativa tem de ser adaptada à sociedade, aos novos sectores e empregos, e procura dar resposta a diversas exigências.

 

A Universidade Lusófona do Porto, através de vários cursos conferentes de grau ou não conferentes de grau (cursos livres, cursos de especialização e pós-graduações), pretende contribuir para o desenvolvimento do saber, a disseminação de conhecimento e para a criação de um ambiente de ensino-aprendizagem ajustado às necessidades específicas do mercado e da sociedade, da formação ao longo da vida e de maior empregabilidade. Somente assim, as instituições de ensino superior podem afirmar-se positivamente no contexto do ensino superior internacional em termos da formação e do desenvolvimento de novas competências ao nível dos jovens universitários e de adultos, tendo em consideração que um sistema de aprendizagem que se ajuste às lógicas e dinâmicas da economia e da sociedade em geral promove oportunidades para melhor emprego, para emprego diferenciado, para evoluir na carreira e realização pessoal.

 

O valor do ensino, da aprendizagem dos jovens e da formação ao longo da vida é um bem público, um direito humano e um instrumento fundamental para servir objetivos importantes, como o desenvolvimento social, económico e do mercado de trabalho e a diversificação do emprego. Mas igualmente, numa dinâmica de qualificação generalizada, o desenvolvimento social, da saúde e do bem-estar, a melhoria do meio ambiente, da sustentabilidade, da cidadania ativa e social, da inclusão e da coesão da sociedade. É assim que, para encontrar empregos atrativos e exercer uma cidadania ativa, tornou-se essencial deter competências digitais e competências transversais, tais como espírito crítico, empreendedorismo, criatividade e participação cívica, alicerçadas em abordagens transdisciplinares e orientadas para desafios.

 

A Universidade Lusófona do Porto propõe formação avançada, científica e sociocultural a todos aqueles que queiram expandir os seus conhecimentos, atualizar e desenvolver as suas competências, requalificar-se e acrescentar valor ao seu percurso educativo e profissional.

 

Isabel Babo, Reitora da Universidade Lusófona do Porto

Elisabete Pinto da Costa, Pró-reitora da Universidade Lusófona do Porto