Bem, quando inicias a viagem que supões ser a melhor fase da tua vida, nunca sabes se irás ou não gostar do curso em que te inscreveste. O primeiro passo sabes que está dado e sentes que vai ser um novo desafio que irá moldar o teu percurso. Por diversas vezes, podes pensar se fizeste a escolha certa ou se apenas não te vias a fazer outra….
Em primeiro lugar, é uma nova realidade que implicará ou não sair da tua cidade, lidar com pessoas novas, gerir o teu tempo com tudo o que de repente vais passar a ter de ser tu a fazer aka limpeza de casa, refeições diárias. É tanta coisa que pode, por vezes, tornar-se complicado. Mas, no fim, tudo fará parte da pessoa que vais ser, para além de licenciada.
Durante o teu processo de adaptação, vão existir inúmeras causas de desconforto, quer sejam relacionadas com professores que vais deixando de achar ou não piada, quer sejam matérias que não vais entender para o que servem, entre tantas outras coisas relacionadas direta ou indiretamente com o curso que escolheste.
Algo que vais notar é que o fascínio por detrás de “estar na faculdade” se vai perdendo mal o trabalho começa a apertar. Quando te começas a aperceber de que efetivamente há coisas que irão acontecer que não fazem muito sentido para ti. Na realidade, a experiência de ensino superior é algo que toda a gente deveria ter, nunca será possível reduzir todo este mundo a um simples diploma.
Fotografia de Loïc Fürhoff/Unsplash
Esta experiência irá mudar o teu percurso, a maneira como pensas, a maneira como lidas com os teus problemas ou com os dos que te são mais próximos. A maneira como lidas com as coisas que não consideras que te irão acrescentar algo, tal como aquelas não irás conseguir controlar.
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Tal como na vida, tudo fará parte do percurso, tudo irá moldar-te enquanto pessoa. Pensa que é como se tivesses uma mala de ferramentas, em que todas as unidades curriculares te vão dar uma chave diferente para te ajudar a construir a tua mesa aka destino. A qualidade da tua aprendizagem levará a que tenhas chaves mais ou menos específicas e que consigas construir uma mesa que poderá precisar de mais ou menos manutenção no futuro.
Nem todas as ferramentas que temos vamos saber para que servem até termos de as usar para algo, o mesmo acontece para as cadeiras que são dadas. Muitas vezes não sabemos que vamos precisar de algo até termos de usar um raciocínio ou filosofia dada naquela aula em que não estávamos com tanta atenção por pensarmos que não íamos precisar da matéria num futuro próximo.
A qualidade da tua aprendizagem vai ditar a qualidade das tuas oportunidades.
Deixamos-te o conselho: aprende tudo aquilo que puderes. Experimenta tudo aquilo em que te vejas ou não num futuro próximo, só assim conseguirás perceber o que gostas ou não gostas.
Engana-te, fica constantemente desconfortável - é nesse estado que percebemos o que conseguimos ou não fazer. É no desconforto que crescemos e nos tornamos nas pessoas que jamais imaginamos ser.
Ao experimentares tudo o que puderes, vais começar a definir o teu caminho. Pondo de lado áreas em que não gostaste de trabalhar, garantindo que o que mais gostaste de fazer vai integrar o teu futuro.
Podes muitas vezes duvidar se o teu caminho vai ou não ser pelo curso que ingressaste, mas não te foques nisso. Foca-te antes no que podes levar do curso em que estás para a tua vida.
Se no final perceberes que não era bem o que querias, está tudo bem. Não te pressiones por afinal não teres gostado; dá-te antes valor por tudo o que levas agora. Se tiveres de fazer outro curso ou mudar, está tudo bem, vais sair dessa experiência mais conhecedor@, capaz e pront@ para o teu futuro.
Não deixes que te cortem as asas e nunca sejas tu a cortá-las por receio ou insegurança. Go for it e não olhes para trás!
O teu futuro está à tua frente!
Nunca vais gostar de tudo, mas é esse o desafio. Explora aquilo de que gostas, mas aprende também aquilo de que não gostas (pode vir a dar jeito!)
Escrito por: Mariana Faria