Em plena era da transformação digital, são cada vez mais ténues as fronteiras entre o Homem e a máquina e maior a demanda do mercado de trabalho por profissionais especializados nestes novos territórios do conhecimento. Com o foco de sempre na empregabilidade, o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) abriu, nos últimos quatro anos, três cursos de licenciatura que se distinguem pela multidisciplinaridade e pelas promissoras perspetivas profissionais, em Portugal e no mundo. Conhece de seguida o testemunho de alguns dos “bio estudantes” do IPS e encontra o teu caminho no ensino superior.
Tecnologia Biomédica | Escola Superior de Tecnologia de Setúbal
Ensino “versátil, multidisciplinar e prático”
Na interface entre o Homem e a Tecnologia, está a Tecnologia Biomédica. Ministrada pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal (ESTSetúbal/IPS) desde 2015, trata-se de uma das mais recentes apostas do IPS na área da tecnologia, dando assim resposta a um domínio do conhecimento em franca expansão.
Um biomédico define-se como um profissional que usa os conhecimentos tradicionais do campo da tecnologia/engenharia para dar apoio às áreas da saúde (sem poder intervir no ato médico), desporto e militar, entre outras. Neste âmbito cabem aplicações tão diversas como a reabilitação, o desporto adaptado ou de alto rendimento, métodos de treino, equipamentos de transporte de material militar, métodos terapêuticos e métodos de diagnóstico.
Foi justamente o carácter “versátil, multidisciplinar e também mais prático” da licenciatura, além da ligação estreita à saúde, área para a qual se sentia vocacionada, que atraíram a atenção de Catarina Guedelha na hora de escolher que rumo seguir no ensino superior. Hoje é já estudante finalista e não se arrepende da opção que fez. “O balanço é positivo, o curso correspondeu às minhas expetativas, consegui adquirir as bases de várias áreas da Biomédica”, confessa, já com os olhos postos no mercado de trabalho. Em Portugal, as opções passam sobretudo pelas tecnologias de informação e dispositivos médicos, mas é “lá fora” que Catarina Guedelha vislumbra um futuro como investigadora, “a área em que gostava de trabalhar”, confessa.
Oferecendo uma elevada componente laboratorial, a formação superior em Tecnologia Biomédica na ESTSetúbal/IPS assegura ao estudante a aplicação dos saberes adquiridos às atividades concretas do respetivo perfil profissional, que podem ir da aquisição, processamento e análise de sinais médicos até à imagiologia, biomateriais, nanotecnologias, implantologia e próteses, e ortoprotesia, passando pela instrumentação biomédica, telemedicina e dimensionamento e otimização do funcionamento de base de dados.
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Biotecnologia | Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
Formação de “banda larga” com grande procura a nível mundial
Formação de “banda larga”, abrangendo setores tão diversos como a saúde, o ambiente e a indústria alimentar, a licenciatura em Biotecnologia arrancou no ano letivo de 2013/2014, atraindo à Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS) um leque de jovens que sabe exatamente o que quer do seu futuro: boas perspetivas profissionais, não só em Portugal mas também além-fronteiras.
O curso oferece um plano de estudo de três anos, combinando as aptidões laboratoriais e os conhecimentos teóricos adquiridos nas várias unidades curriculares e estágio curricular ou projeto biotecnológico. O diplomado em Biotecnologia ficará assim preparado para o exercício de funções em áreas tão diversas como as indústrias farmacêutica e biotecnológicas, genética, microbiologia, química, laboratórios de análises, controlo de qualidade, tecnologia ambiental, tecnologia agroalimentar, e automação e controlo de processos.
Rita Tavares já se encontra na fase do estágio curricular e não tem dúvidas de que conseguirá singrar na área da sua preferência, a indústria alimentar. “Sei que isso será possível, pois o mercado de trabalho é muito extenso, tanto em Portugal, como noutros países”. A estudante finalista sublinha ainda a formação de excelência que recebeu em todas as unidades curriculares, o que permite que “possa desempenhar qualquer função”. “Posso garantir que esta licenciatura superou todas as expetativas que tinha inicialmente”, remata.
A licenciatura em Biotecnologia permite ainda o acesso à Ordem dos Engenheiros Técnicos e fornece também uma ampla gama de conhecimentos base para quem pretenda prosseguir estudos em cursos de mestrado e de doutoramento.
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Bioinformática | Escola Superior de Tecnologia do Barreiro
Quando o nosso código genético deixou de ser um mistério
Área igualmente emergente, a Bioinformática teve uma das suas primeiras licenciaturas em Portugal na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS), como resposta à necessidade crescente de profissionais especializados no tratamento de dados biológicos, atualmente recolhidos e armazenados em grande escala.
Recorde-se que esta área de estudo foi fortemente impulsionada pelo seu contributo para decifrar o código genético, permitindo o mapeamento do genoma humano, e também pelo crescente trabalho desenvolvido na área da sequenciação de genomas. Se a tua vocação se encontra algures entre a Informática, a Biologia e a Matemática, talvez tenhas encontrado aqui o caminho certo. Pelo menos, foi essa a experiência de Rodrigo Espírito Santo Rente, hoje estudante do 2.º ano. “Achei o nome interessante e, após investigar, o que me chamou mais a atenção foi o foco na análise de dados biológicos e genéticos utilizando programas e software informático”, lembra.
O percurso formativo feito até então, marcado pela “variedade” de unidades curriculares, já lhe permitiu, entretanto, antever qual o futuro profissional que melhor se adequa às suas aptidões. “Há uma grande procura por data scientists, pessoas que analisam grandes quantidades de informação, que é uma das vertentes deste curso. Visto que vim a identificar-me mais com a programação do que com a área biológica, essa provavelmente será a minha área de procura assim que acabar o curso”, adianta.
Pedro Ribeiro Gonçalves, colega de curso e de ano, chegou à ESTBarreiro/IPS com motivações semelhantes e o que foi encontrar “superou as minhas expetativas”, confessa. O estudante destaca ainda o facto de o curso se encontrar “muito bem estruturado, com professores que estão no mercado de trabalho e com bastante experiência”, bem como a oportunidade de “praticar os conhecimentos da componente teórica sempre com o foco naquilo que os empregadores pedem”.
Ambicionando seguir a área de investigação, “numa empresa, universidade ou hospital”, Pedro Ribeiro Gonçalves está convicto de que não lhe faltarão oportunidades de trabalho. “A necessidade de bioinformáticos é muito elevada”, conclui. Este curso permite igualmente o acesso à Ordem dos Engenheiros Técnicos e tem como principais saídas profissionais as indústrias farmacêutica e agroalimentar e as empresas de biotecnologia e de tecnologias de informação.
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