O fracasso é visto por muit@s como um bicho de sete cabeças quando, na realidade, ele apenas tem uma. Pode ser aterrorizante quando aparece, mas com o passar do tempo, apercebemo-nos de que não é assim tão mau. Não acreditas? Então, fica comigo.
Uma coisa é certa: Ninguém gosta de falhar. Não é algo agradável, nem algo que deve ser encarado como uma medalha de ouro. No entanto, será que o verbo “falhar” merece tanta conotação negativa associada a ele? Eu sei que a maioria de nós, humanos, gostamos de estar certos em todas as circunstâncias. E poucos são aqueles que gostam de estar errados. Isto porque, na sociedade em que vivemos, é muito fácil sermos julgados por cairmos numa categoria abaixo da esperada. De forma inconsciente ou consciente, acabamos por ter medo deste julgamento social e daí surge o medo de falhar.
Contudo, não nos podemos esquecer de que já fomos criaturas que não sabiam o que era ter medo de falhar. “Aí já? Quando?”, perguntam vocês e eu respondo: Quando eramos crianças. Se pensarmos um pouco, as crianças estão constantemente a fazer coisas novas e por sua vez, falham muitas vezes. Porém, quando estão perante uma experiencia nova não têm sequer a mera ideia de que falhar é uma possibilidade.
Agora, nós, como adolescentes ou até mesmo adult@s, é mais do que frequente que a ideia de falhar nos impeça de fazer algo. Isto acontece porque já não somos crianças inocentes. Crescemos e ganhámos noção do que nos rodeia. Por isso, infelizmente, passamos de crianças entusiasmadas com a ideia de fazer algo para adultos que têm medo de tentar porque não querem ser vistos como “falhados”.
A verdade é que, querendo ou não, falhar implica aprender e aprender implica falhar. Se não estivermos abertos à possibilidade de falhar durante a nossa vida, a capacidade de criarmos algo novo e original fica comprometida.
Se nós tivermos um medo constante de cair da bicicleta, nunca vamos conseguir atingir a velocidade necessária para andarmos nela. O mesmo acontece com o falhanço: Se tivermos um medo constante de falhar, então é pouco provável que vás conseguir agarrar em novos desafios ou experimentar novas coisas.
E tu que mesmo depois desta conversa toda achas que consegues escapar ao falhanço, lamento informar que ele para além de ser necessário para a aprendizagem, é completamente inevitável. O ato de falhar está encravado no nosso DNA, porque (breaking news!!) nós somos imperfeitos. Às vezes, sucedemos e às vezes, falhamos. O facto de falharmos não significa que somos falhados mas, sim, humanos. Apenas podes ser considerado como um falhado quando decides ir pelo caminho mais fácil, que é desistir. Agora, se decidires continuar a enfrentar os teus erros e aprender com eles, nunca desistindo dos teus objetivos… meu amigo, estás longe de ser um falhado.
No final do dia, tu tens o poder de escolher se queres ser derrotad@ pelo medo de falhar durante o resto da tua vida ou não. Agora, pergunto: Onde é que realmente queres estar? Queres estar de pé, de cabeça erguida, a dar uma chance ao mundo ou queres a jogar pelo seguro, sentado na bancada, enquanto assistes tudo a passar por ti? Falhar é inevitável, mas ser um falhado é escolha.