Cada vez são mais as notícias que dão conta dos perigos da internet e muitas delas vão diretamente ao Facebook. Não vamos dizer se deves ou não usar. Nós usamos e é uma ferramenta essencial do nosso trabalho, pois é importante para chegarmos a ti. Sem ser as dicas que já te demos sobre a importância de nos desligarmos das redes sociais de vez em quando, nada mais vamos dizer sem ser isto: quer queiras ou não, alguém te está a ver e sabe aquilo de que gostas.
Isto não é suposto assustar ou fazer com que nunca mais utilizes o Facebook, mas sim levar-te a refletir sobre como usar esta e outras redes sociais de forma apropriada. E qual é? Cada um sabe o que quer expor, mas deves saber que há aplicações mais seguras para ter alguns tipos de conversas - as que são encriptadas end-to-end, como o whatsapp (significa que só quem escreve as mensagens é que as lê)
E esta conversa toda vem a que propósito? Uma artigo na VICE conta como há empresas que preveem a tua orientação sexual, a tua inclinação política e a tua etnia apenas com os likes que fazes no Facebook; e não têm de ser muitos: 68, em média, para sermos precisos. Além daquelas informações, outras também são possíveis de ser analisadas, como informação genérica (tipo estado civil e idade), crenças religiosas e consumo de álcool, tabaco e drogas.
O que se faz com estas informações?
Quem quer chegar à população de forma efetiva, contrata empresas como a Cambridge Analytica e usa os dados - conhecidos como Big Data - para disseminar a mensagem. Assim, sabem aquilo de que as pessoas gostam e aquilo que, em princípio, querem ouvir/ler. As mensagens são personalizadas para cada tipo de público e as pessoas facilmente convencidas. Exemplo disso foram as campanhas para a saída do Reino Unido da União Europeia ou as tais "fake news" que acabaram por ser determinantes nas eleições norte-americanas.
Podes ler aqui o artigo da VICE na integra se quiseres aprofundar o tema. E podes ler o livro 1984, de George Orwell para ficares mais ou menos paranoico 😛