Para ti, que ainda estás no Secundário, o mercado de trabalho deve ser algo distante e que só te lembras quando alguém te faz aquela pergunta chata do “o que é que vais fazer da vida?”, ou quando vês nas notícias as altas taxas de desemprego. É por isso que, nessas alturas, a nossa cabeça desvia o pensamento para o “tiro um curso e logo se vê”, ou então “é melhor nem pensar nisso”.
Nós temos como ideia pré-concebida que ir para um trabalho é algo chato e enfadonho. Pudera! É só olhar para a cara dos nossos pais a chegar a casa depois de um dia de trabalho. Mas será que tem mesmo de ser assim? É verdade que os estudos dizem que 70% dos portugueses trabalham em algo que não gostam. Mas talvez possa- mos mudar isso. E se em vez de lhe chamarmos “ir trabalhar”, co- meçássemos todos a chamar-lhe “ir entreter”? Será que há algo no mundo, que eu goste tanto de fazer e que me paguem para isso? Cla- ro que não podemos todos pensar que vamos trabalhar numa daque- las profissões que nos pagam para viajar pelo mundo inteiro, a ficar nos melhores hotéis e a comer tudo o que nos apetece. Mas talvez existam outras tarefas que nos dão gozo e com as quais possamos contribuir verdadeiramente para a sociedade.
Que trabalho te entretém ao ponto de conseguires fazer isso todos os dias, melhor do que todas as outras pessoas? Tens de começar a procurar que “entretenimento” será esse e como vais chegar lá. Agora podes pensar que nunca vais conseguir trabalhar em algo que gostes assim tanto, mas se não lutares por isso, realmente não vais conseguir.
Para alcançares esse teu objetivo tens de o definir e de o traçar. Tens de pesquisar toda a informação que te vá ajudar a chegar até ele e descobrir tudo o que será pedido de ti. Depois, tens de comprovar que desenvolveste todas as competências necessárias a desempe- nhá-lo, e isso não é só tirar um curso – as universidades, por mais que às vezes pareçam, não são centros de emprego, onde quem tira um curso está feito para toda a vida – não, terás de trabalhar... des- culpa, lutar por ti.
Em tudo o que te aplicas aprendes algo, seja nos teus hobbies, no desporto, na cultura, no voluntariado, etc. Pensa no que aprendes- te ou onde poderás aprender ainda mais. Desenvolve-te enquanto pessoa e enquanto profissional. Descobre quem tu és e o que tens para oferecer.
A partir desse momento, e com toda a confiança, será tão fácil como namorar. E não desesperes se ainda não tens um(a) namorado(a), mas ficas já a saber que até essa experiência te ajudará a desenvolver competências para entrares no mercado de trabalho.
As empresas procuram pessoas para um namoro sério, onde seja evidente o compromisso entre ambas as partes, mas tal como tu, procuram pessoas interessantes.