Se tens pelo menos um olho e um cérebro, com certeza que já te confrontaste com o termo "fake news", isto é, notícias falsas e a interferência que estas tiveram nas eleições presidenciais norte-americanas. E se usas o facebook então sabes que somos bombardeados com notícias e artigos que muitas vezes acabam por se provar falsas. Um dos episódios é o caso da Rua da Bica ter sido eleita a mais bonita do mundo quando nunca houve sequer uma votação!
Posto isto, já há universidades norte-americanas, como a Universidade de Kean, em Nova Jérsia, a ensinar como distinguir informação verdadeira da especulativa ou, simplesmente, falsa. Isto é muito importante porque pelas notícias fazemos a nossa perceção sobre o mundo e se estas estão erradas, então o nosso entendimento sobre o mundo é errado, e isso tem as naturais consequências que podes facilmente imaginar.
As técnicas então ensinadas são, por exemplo, olhar para os links dos sites que abres e ter atenção particular ao ".com.co". se o link termina assim geralmente é falso. Depois tens de te lembrar que um trabalho jornalístico a sério responde sempre às perguntas "o quê", "quem", "como", "onde" e "quando". Caso estejam a faltar muitas respostas a estas perguntas então é caso para desconfiar. Ainda há outra forma para autenticar a veracidade dos sites, como carregar no botão "contactos" ou no "sobre" para ver se o que lá se diz faz sentido.
As dicas das universidades norte-americanas referem também, como diz a TVI24, que na "maioria das notícias há sempre referências a pessoas. Podem, por isso, servir de pista para verificar a credibilidade da matéria. Basta pesquisar esses nomes no Google ou noutro motor de busca: se não surgirem em nenhum campo de informação, o mais provável é que a história seja falsa."
Agora tens todas as ferramentas para não acreditar quando se disser que o papa vem de canguru a Fátima passando pela Disneyland pelo caminho. Até porque esse parque fica bastante fora de mão.