O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou na passada sexta-feira que mais de 41 mil alunos do ensino superior já têm bolsa atribuída – o que quer dizer que quase metade dos pedidos submetidos até à data e a maioria já foi paga.

 

Até ao momento, a Direção-Geral do Ensino Superior recebeu 101.021 pedidos de atribuição de bolsa (quase tantos como em todo o ano letivo passado). Em comunicado, refere que se registou “neste ano letivo, uma aceleração muito significativa da rapidez na atribuição e pagamento de bolsas de estudo, superando em muito o observado em qualquer outro ano letivo” e ainda que “para a aceleração do processo de atribuição de bolsas de estudo contribui, de forma muito expressiva, a introdução de mecanismos de atribuição automática de bolsa de estudo nos últimos anos” – tendo em conta que o referido mecanismo beneficiou, em particular, os estudantes que ingressarem este ano no ensino superior, além de que foi também alargado o limitar de elegibilidade para acesso à bolsa.

 

No caso das bolsas já pagas (mais de 41 mil dos 47 mil pedidos que já receberam resposta), o Ministério refere que representa um aumento de 58% face ao ano letivo 2021/22, uma vez que, a esta altura, tinham sido pagas apenas 23 mil bolsas de estudo.

Se recuarmos até 2020, a diferença ainda é maior. Nesta fase, estavam pagas 3.412 bolsas, ainda que nesse ano, o período letivo tenha arrancado mais tarde do que o habitual dadas as circunstâncias. Em 2019, por exemplo, no final do mês de outubro estavam pagas cera de 8.000 bolsas e em 2018 apenas 1.600.

 

No próximo ano letivo (2023/24), o limitar de elegibilidade vai ser novamente alargado, sendo que o Orçamento do Estado para 2023 (aprovado na generalidade na passada quinta-feira), prevê um novo complemento no valor máximo de 250 euros anuais para dar apoio às deslocações dos estudantes bolseiros entre as suas localidades de residência habitual e as localidades das Instituições de Ensino Superior onde estudam.